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domingo, maio 23

Gestão de Talentos: Papel do novo RH Estratégico

"As corporações de sucesso fomentarão o crescimento pessoal para atrair as melhores e mais brilhantes pessoas."  (Stewart, 1998)

As empresas descobriram que, além de se preocuparem com a concorrência e com as exigências do mercado, é essencial para se diferenciarem competitivamente num mercado globalizado e cada vez mais agressivo, uma política de atração, retenção e motivação de talentos. Estão se dando conta de que investir tempo e dinheiro para contratar, treinar e desenvolver um funcionário e depois deixá-lo ir para a concorrência não é uma estratégia inteligente.

Estudiosos e consultorias realizaram trabalhos de pesquisa com funcionários de níveis e indústrias diferentes, baseados em fatores que retém as pessoas de talento nas empresas e descobriram que não se trata de fórmulas complicadas, equações avançadas ou da pesquisa de novos níveis da psique humana. As pesquisas chegaram a conclusões banais sobre a simplicidade dos 'talentos': pessoas comuns, mas que representam melhoria contínua, capazes de criar e inovar:
  • Fazer um trabalho desafiador e interessante;
  • Oportunidade de crescimento;
  • Ter orgulho da empresa em que trabalham;
  • Perceber que o critério de recompensas é justo;
  • Ser reconhecido pelo trabalho bem feito;
  • Trabalhar com pessoas colaborativas;
  • Serem respeitadas por seus superiores;
  • Oportunidades de aprendizado, crescimento e auto-realização;
  • Ter feedback sobre seu desempenho e potencial;
  • Adquirir novos conhecimentos;
  • Sentir que a empresa se preocupa de verdade com seus colaboradores.
Mas o que deveria ser uma conseqüência de uma postura, princípios, valores e ações cotidianas, ao longo de um período de tempo maior, passa a ser um fim em si mesmo, para o curtíssimo prazo. Visto que algumas empresas até que chegam perto de reter seus talentos, mas mudam todo o sentido ao deter talentos em seus quadros por algum tempo ou, pelo menos, partes das pessoas: suas mãos e sua cabeça, mas o coração, a paixão, já deve ter se retirado há algum tempo, presos a um emprego que pode ser a única alternativa para sua sobrevivência.

Há décadas que para as organizações "as pessoas são seu patrimônio mais importante", que se preocupam em reter seus talentos, mas continuam privilegiando metas de lucro de curtíssimo prazo, independentemente do custo humano de seus "colaboradores".

Na atual economia do conhecimento, a retenção de funcionários talentosos pelas empresas é essencial para a sobrevivência e crescimento em cenários de constantes e imprevisíveis mudanças. O antigo modelo de gestão de mão-de-obra tem dado lugar à gestão dos trabalhadores do conhecimento, adaptáveis e que respondam com soluções eficazes e ágeis, criando novos processos, produtos e sistemas, incrementando os ativos intangíveis da organização para qual atuam.

Além da atração e da retenção, é necessário capacitar, atualizar e desenvolver talentos. É imprescindível a adoção de políticas de gestão de RH atraentes que vão além da remuneração diferenciada baseada no desempenho do trabalhador, incluem também benefícios como: participação nos lucros, cursos, auxílios sociais (farmácia, creche ou estudo p/ os filhos, etc), gestão da qualidade de vida no trabalho, estabilidade e segurança no emprego, planejamento de carreira, ambiente de trabalho saudável, com vistas a  satisfazer as necessidades, objetivos e expectativas dos profissionais.  



Livros: A Guerra pelo Talento;
             Motivando as Pessoas que Fazem a Diferença.

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